A TI como pilar do controle do espaço aéreo

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A TI como pilar do controle do espaço aéreo


Neste dia 1º de dezembro, a Força Aérea Brasileira (FAB) celebra o Dia da Tecnologia da Informação (TI). A data remete à criação do Centro de Informática e Estatística do Ministério da Aeronáutica, em 1983, e serve como marco para reconhecer a evolução digital da defesa e do controle aéreo no país.
No contexto atual do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), a TI deixou de ser uma área de suporte para se tornar uma atividade finalística e estratégica. Ela é o alicerce que sustenta a segurança e a fluidez nos céus do Brasil.
O Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) gerencia uma área de 22 milhões de quilômetros quadrados. A complexidade dessa operação exige sistemas complexos e de alta disponibilidade. A TI atua como o sistema nervoso dessa estrutura. Ela garante que os dados captados por sensores, como radares primários e secundários, cheguem em tempo real às telas dos controladores de tráfego aéreo. Sem essa integração lógica e veloz, a vigilância do espaço aéreo seria inviável nos moldes modernos.
Para a aviação comercial e geral, a eficiência da TI do DECEA traduz-se em economia e segurança. A implementação de conceitos como o System Wide Information Management (SWIM) permite o compartilhamento de dados meteorológicos e aeronáuticos de forma interoperável. Sistemas como o SAGITARIO (Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatório de Interesse Operacional) e o SIGMA (Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos) são exemplos de softwares desenvolvidos ou gerenciados sob a ótica da soberania tecnológica. Eles automatizam processos que antes eram manuais, reduzindo a carga de trabalho dos operadores e mitigando erros humanos.
A confiabilidade dos dados é outro ponto determinante. Na aviação, a integridade da informação é sinônimo de vidas salvas. A equipe de TI da Aeronáutica assegura que as redes de comunicação, navegação e vigilância operem com redundância. Se um link de dados falha, o sistema deve ser capaz de comutar para uma rota alternativa sem que o piloto ou o controlador percebam a interrupção. Essa resiliência é construída através de arquiteturas de rede complexas e manutenção constante de servidores e data centers.
Além da operação corrente, a TI desempenha um papel fundamental na defesa cibernética. Com a digitalização crescente das cabines de comando e das torres de controle, a proteção contra acessos não autorizados e ataques digitais tornou-se uma prioridade. O profissional de TI da Aeronáutica atua na linha de frente dessa guerra invisível, blindando os sistemas que ordenam o tráfego aéreo contra ameaças externas e internas.
Celebrar o Dia da Tecnologia da Informação é reconhecer o trabalho dos militares e civis que codificam a segurança da aviação. O avanço do DECEA rumo a novas tecnologias depende diretamente da competência desses especialistas. Em um mundo onde a aviação é cada vez mais baseada em dados, a Tecnologia da Informação é a força silenciosa que mantém o Brasil voando.
Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Artigo: Daniel Marinho
Foto: Fábio Maciel
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